Todos nós temos uma opinião sobre nós próprios. É a forma como nos vemos a nós próprios que está na base da autoestima e que afeta a forma como nos sentimos relativamente a nós próprios e nos valorizamos.
A autoestima não é estática nem fixa: as nossas crenças sobre nós próprios podem variar conforme a situação em que nos encontramos e ao longo da nossa vida, à medida que vivemos diferentes experiências.
Quando temos uma boa autoestima, geralmente, conseguimos ver os nossos pontos positivos e ela pode ajudar-nos a lidar com experiências negativas, como perder o emprego ou terminar uma relação. Sentimo-nos confiantes, não nos culpamos de tudo o que acontece, aceitamos errar e aprender com os erros, confiamos nos outros, cuidamos de nós próprios e conseguimos dizer “não” quando é preciso.
É claro que ninguém está constantemente feliz e satisfeito consigo próprio e ter uma boa autoestima não significa que somos confiantes em todas as situações. Mas uma boa saúde emocional e uma autoestima positiva estão associadas à felicidade.
Quando temos uma baixa autoestima as crenças sobre nós próprios costumam ser negativas. Focamo-nos naquilo que pensamos serem os nossos pontos fracos e nos erros que cometemos. Temos tendência a culpar-nos do que acontece, a desconfiar dos outros, a ter medo de correr riscos e sermos ridicularizados, a deixar os outros tomar decisões por nós. Não nos sentimos amados e podemos até achar que não merecemos que alguém goste de nós.
Ter uma baixa autoestima pode interferir com a nossa vida do dia-a-dia, com a nossa capacidade de realizar o nosso potencial, com as nossas relações pessoais (podemos achar que não merecemos ser tratados com amor e respeito e permitir que os nossos amigos ou parceiros românticos nos maltratem), com a nossa vida social (podemos ser extremamente sensíveis a quaisquer críticas e ficar aborrecidos facilmente, evitando atividades que nos possam expor ao julgamento dos outros), com o nosso trabalho (podemos achar que não somos suficientemente competentes e evitar tarefas ou cargos no nosso local de trabalho).
A baixa autoestima, por si só, não constitui um problema de saúde mental. Mas ter uma baixa auto- estima pode afetar a nossa saúde mental, uma vez que diminui a nossa capacidade de lidar com as coisas menos boas da vida e, dessa forma, aumenta o risco de desenvolvermos problemas de saúde mental (como as perturbações da alimentação, a depressão ou a fobia social).
Se para além de uma baixa autoestima, sente muita ansiedade, depressão ou stresse, saiba que existem tratamentos eficazes para esses problemas. A devir psicologia pode ajudar.
Fonte: http://encontreumasaida.pt/ (Ordem dos Psicólogos Portugueses)